A candidatura do PCTP/MRPP desenvolveu, hoje, uma jornada de agitação e propaganda junto das populações de Ribeira Brava, Tabua e Ponta do Sol, onde deu a conhecer as linhas fundamentais do programa político do Partido para as eleições legislativas da Região Autónoma da Madeira, propostas e medidas que foram bem acolhidas pelos madeirenses destas localidades, que perceberam claramente a importância e razões da candidatura.
Com a população de Ribeira Brava
Os candidatos iniciaram a sua acção de propaganda junto dos habitantes de Ribeira Brava, com os quais discutiram as propostas do partido para a Região, particularmente a política agrícola. Também foi muito bem recebida a distribuição do comunicado - Madeira: Uma Região de Desemprego e Fome, focando, entre outros aspectos, os números crescentes do desemprego (existem, hoje, cerca de 22 603 desempregados, em comparação com os 9465 existentes quando Alberto João assumiu a presidência), e que foi apontado como a causa da emigração, da fome, da doença e da miséria em que vive um terço das famílias da Madeira e do Porto Santo.
Sessão de agitação e propaganda em Ponta do Sol
A sessão de agitação e propaganda em Ponta do Sol iniciou-se junto ao mercado, no centro da vila, e que acabou por se alargar de forma bastante entusiástica aos cerca de uma centena de atletas, nomeadamente estudantes e professores da escola secundária do Ponta do Sol, assim como a alguns veteranos que participavam nessa prova de corrida da Ponta do Sol à Madalena.
Tabua, zona massacrada pela aluvião
Em Tabua, os candidatos ouviram vários elementos da população expressar a sua indignação e revolta, perante a não tomada de medidas adequadas quer para prevenir situações idênticas à ocorrida a 22 de Fevereiro de 2010, quer a nível das indemnizações e compensações que deveriam ter sido concedidas aos que sofreram aquela tragédia.
Um dos agricultores - que na altura da aluvião perdeu as suas terras e toda a produção agrícola - a quem a brigada da candidatura apresentou as propostas contidas no Programa Eleitoral para a agricultura, referiu que está farto de promessas, apontando que as medidas do governo são claramente insuficientes para impedir uma nova tragédia, como é o caso da última medida proposta – a construção de um muro para suster uma nova aluvião. Este homem, de cerca de 72 anos de idade, com uma grande tradição na agricultura, reviu-se nas medidas propostas no programa eleitoral do Partido, defendendo uma autêntica agricultura de jardim poliprodutiva e de primores, geradora de produtos de grande qualidade, e que permitiu ao povo da Madeira resistir ao isolamento durante as duas guerras mundiais, ao mesmo tempo que se opõe à monocultura que ele reconhece que tem efeitos devastadores para os terrenos.
Durante esta acção, a candidatura deparou-se com uma realidade que urge alterar: o abandono dos campos e a inexistência de uma nova geração de agricultores, comprovando-se, assim, a importância das medidas políticas que o Partido prevê no seu programa, nomeadamente a criação na Universidade da Madeira de um laboratório de apoio à produção agrícola.
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